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CRIANÇAS DA ERA DE AQUÁRIUS: PERSPECTIVAS DE NOVOS PERCURSOS

publicado em 17.12.2018 por anapaula

CRIANÇAS DA ERA DE AQUÁRIUS: PERSPECTIVAS DE NOVOS PERCURSOS
(artigo publicado n revista Sampa GT nº3 – 2006)

Myrian Bove Fernandes

 

Ao analisar os componentes do cenário atual de convivência das crianças, pano de fundo para a construção da sua personalidade, faço um exercício constante de observação dos movimentos que se alternam compondo caminhos para a evolução do ser humano.

Ao focalizar alguns destes movimentos e as transformações ocorridas nos últimos anos é possível mapear entraves e dificuldades para um crescimento saudável e estabelecer alguns rumos que potencializem tendências para um novo porvir.

A metáfora da Era de Aquárius vem para realçar a possibilidade da participação do Homem na construção de um mundo mais solidário. Ressalta a importância da atuação do psicólogo que trabalha com crianças não só na área do atendimento clínico e da educação, como na formação de opinião, que contribui para transformar valores e propor novos paradigmas.

Meu intento aqui portanto é compartilhar reflexões, temas com os quais venho me intrigando, talvez rever alguns valores, para que possamos fazer nossas escolhas e, quem sabe, tomar novas direções.

Mas, o primeiro passo para se escolher uma direção é olhar para o que vai a volta.

 

Vejamos:

Estou sentada em minha casa, enfim um pouco aliviada após ter percorrido o trajeto que vai do consultório a minha casa, que normalmente faço em 5 minutos e hoje levei 45 minutos, tentando, em meio ao caos, passar por todos os desvios que conheço.

Escuto o barulho de sirenes e helicópteros rondando a noite paulistana; na TV, imagens mostrando cenas de terror; mortes, mais de 180 atentados em apenas 4 dias; notícias alarmantes de bombas e violência em delegacias de polícia, agências bancárias, escolas, shoppings, universidades. Estações de metrô e ônibus incendiados. Comércio fechado. Medo, surpresa, indignação, pânico, tristeza, MUITA tristeza, cidade vazia.

 

Há anos temos convivido com a violência de maneira indulgente ou conivente e negligente.

Anos atrás, quando o papa João Paulo II esteve no Brasil, ao referir-se em seu discurso à questão da prostituição infantil disse que um país que não cuida de suas crianças é um país sem futuro.

Fato é que há muito presenciamos sinais de tensão, violência, corrupção, etc. Mas, vamos levando, meio que anestesiados e de repente ficamos perplexos com os últimos acontecimentos! O campo está doente!

Já fiz palestras sobre o tema da violência urbana, levei a congressos, publiquei artigo que sintetizava uma reflexão sobre os fatores que poderiam interferir na educação das crianças levando-as à violência tais como: a miséria; a concentração de riqueza provocando enorme discrepância entre pobres e ricos; as transformações que ocorrem na família contemporânea; falta de amor ou de confirmação no relacionamento com os pais; dificuldades em lidar com limites e pouca tolerância à frustrações; mudanças nas brincadeiras que interferem no contato que as crianças estabelecem com o brinquedo e intensificam o desejo pela aquisição de bens materiais; influência dos meios de comunicação; política educacional que privilegia o desenvolvimento intelectual em detrimento da formação global que inclui o aspecto afetivo emocional; fatores como a impunidade; dificuldades da família e da sociedade em impor limites; convivência no grupo de adolescentes; uso e tráfego de drogas, etc.

Creio que é preciso deixar que fatos caóticos de violência generalizada como estes nos sensibilizem para inspirar mudanças. É preciso agir e esta reflexão tem o propósito de iinstigar a você, leitor, para a ação.

Em momentos como estes, percebo que cada um se mobiliza, procura entender o que se passa, se recolhe, se paralisa, tenta atribuir a culpa a outrem, apresenta soluções, algumas bastante eficazes, outras mirabolantes, outras insuficientes. Depois, solicitados pela dura realidade de garantir a sobrevivência voltamos, à nossa rotina de trabalho.  Mas, ainda como fruto de um campo onde os homens se desenvolveram em uma cultura individualista, não se pensa em cooperação, em articular o nós. Percorrer, seguindo o desenvolvimento da criança, o caminho que vai da primeira pessoa do singular à primeira pessoa do plural é fundamental e se destaca como figura dominante necessária. Para tal, é preciso sair do consultório, pensar em saúde pública e educação desenvolvendo programas de prevenção de doenças, nas escolas, em ONGs, etc.

Como poderemos contribuir para que a criança consiga ir além da satisfação de um prazer pessoal e as vezes momentâneo para se desenvolver na direção de poder aprender a compreender e abranger a perspectiva do outro? Qual a nossa participação na educação integral, que envolve além da assimilação da informação a formação que leva em conta os aspectos afetivo – emocionais? Como ajudar a criança a desenvolver resiliência e resistir mesmo quando as situações são adversas e traumatizantes? Creio que divulgar a necessidade desta formação é uma das nossas missões!

 

Edgar Morin aponta os sete saberes necessários para a educação do futuro. São eles:

 

1 – Ter consciência da incerteza do conhecimento.

O autor aponta que a educação deve mostrar que “não há conhecimento que não esteja, em algum grau, ameaçado pelo erro e pela ilusão” (p.20) Lembra que “todas as percepções são, ao mesmo tempo, traduções e reconstruções cerebrais com base em estímulos ou sinais captados pelos sentidos” (p.21). Sabemos que não percebemos nossos erros de interpretação e que nossa perspectiva é relativa, por vezes incompleta e constantemente mutável.

Mentiras para nós mesmos, (self deception) fomentadas pelo egocentrismo ou pela necessidade de auto justificativas ou a tendência a projetar sobre o outro a causa do mal que nos aflige; erros de memória pois selecionamos com muita freqüência somente aquilo que nos convém; erros da razão e as cegueiras paradigmáticas são exemplos.

Penso que a Gestalt tem muito a oferecer quando fala em desenvolver as funções de contato para aguçar percepções; ampliar a consciência para estabelecermos melhor as relações figura/fundo, acontecimento e contexto, propiciando não só a captação de sensações, emoções e sentimentos que podem ser melhor elaborados, como o desenvolvimento do pensamento crítico.

A Gestalt também entende que o desenvolvimento da inteligência é inseparável da afetividade e por isto a curiosidade e a paixão são motivadores e propulsores da busca pelo conhecimento.

Finalmente, a abordagem gestáltica ajuda a desenvolver uma postura de humildade não só porque acreditamos na relação dialógica como norteadora da nossa convivência, como também porque nos deparamos com limites. Os limites trazem contorno e clareza à figura, ressaltam a dimensão das nossas dificuldades e possibilidades. Quando podemos fazer isto creio que não superestimamos as questões de poder, mas salientamos o fazer com, a  troca e a cooperação.

Utilizei a metáfora da era de Aquárius para ilustrar a importância da qualidade do contato na comunicação. Tarcher, J.P. (1980) afirma que na Era de Aquárius haverá uma conspiração (respirar com) entre os seres humanos que o desenvolvimento do ser humano como um todo levando em conta sua condição física, moral e espiritual. Haverá uma mobilização para a comunicação e para a solidariedade. Ora é verdade que nos últimos anos temos presenciado enormes avanços tecnológicos que facilitam a comunicação (celulares, TV., mensagens eletrônicas, chips, etc.) mas cuidar para que a qualidade do contato sustente esta comunicação é trabalho nosso.

 

2 – Tecer os princípios do conhecimento pertinente.

Morin aponta os princípios do conhecimento pertinente como o segundo saber. Afirma que “a era planetária necessita situar tudo no contexto e no complexo planetário.” (p.35) e que o conhecimento do mundo como mundo, é necessidade ao mesmo tempo intelectual e vital. E propõe que …para articular e organizar os conhecimentos e assim reconhecer e conhecer os problemas do mundo é necessária a reforma do pensamento.” (idem)…” pois existe inadequação cada vez mais ampla, profunda e grave entre, de um lado, os saberes desunidos, divididos, compartimentados e, de outro, as realidades ou problemas cada vez mais multidisciplinares, transversais, multidimensionais, transnacionais, globais e planetários. Nessa inadequação tornam-se invisíveis o contexto, o global, o multidimensional e o complexo.” (p.36)

Afirma que “a educação deve promover a inteligência geral apta a referir-se ao complexo, ao contexto de modo multidimensional e dentro da concepção global.” (p. 39)

Estes pontos partem de velhos conhecidos nossos pois a Gestalt Psicologia valoriza a contextualização quando afirma que figura e fundo estão intimamente relacionadas e que o fundo dá sentido à figura. Sabemos que é importante trabalhar com uma perspectiva global que trate das relações entre o todo e as partes; e Morin afirma que “assim como cada ponto singular de um holograma contém a totalidade da informação do que representa, cada célula singular contém de maneira “hologrâmica” o todo do qual faz parte e que ao mesmo tempo faz parte dele”. (p.38) Assim, a sociedade como um todo está presente em cada indivíduo em seu saber, na sua linguagem, em suas normas assim como cada indivíduo está presente na construção desta sociedade.  Por exemplo o ser humano é ao mesmo tempo biológico, psíquico, social, afetivo e racional e todos estes aspectos estão relacionados entre si.

Morin afirma ainda que ”Há complexidade quando elementos diferentes são inseparáveis e constitutivos do todo (como o econômico, o político, o sociológico, o psicológico, o mitológico) … … Por isso, a complexidade é a união entre a unidade e a multiplicidade.” (p. 38)

Não vou me deter em detalhar estes itens, porém convém notar que o autor aponta que o desenvolvimento da inteligência global está em oposição aos sistemas que provocam a disjunção entre as humanidades e as ciências, assim como a separação das ciências em disciplinas hiper especializadas, fechadas em si mesmas. Afirma que “o enfraquecimento da percepção global conduz ao enfraquecimento da responsabilidade (cada qual tende a se responsabilizar apenas por sua tarefa especializada) bem como ao enfraquecimento da solidariedade (cada qual não sente os vínculos com seus concidadãos). (p. 41)

Afirma que o século XX viveu sob o domínio da pseudo racionalidade pois produziu enormes avanços em todas a áreas da tecnologia e do conhecimento científico mas atrofiou a reflexão e a visão em longo prazo, estabelecendo uma certa cegueira para os problemas globais, fundamentais e complexos. Diz que “o parcelamento e a compartimentalização dos saberes impedem apreender (o contexto) “o que está sendo tecido junto”.

Portanto, creio que é muito importante valorizarmos  as questões globais como os cuidados com o meio ambiente, o futuro da humanidade, etc. Considerando porém que o pensamento nas crianças é concreto e imediato, é importante oferecer condições para que elas caminhem passo a passo, estabelecendo sempre relações entre a experiência vivida não só como um todo como em seus aspectos particulares.  Se a cada etapa elas sentirem-se satisfeitas com cada passo conquistado podem desenvolver habilidades específicas como esportes, música, enfim aprendizagens diversas  que contribuam para que construam auto imagem positiva e desenvolvam a tenacidade para ir além, suportando frustrações

Para Jean Marie Robine (2006) indivíduo e meio formam um campo dinâmico onde seus elementos estão em constante processo circular de interação e mútua construção.

 

3 – Ensinar a condição humana.

Voltando a Morin, ele destaca como o terceiro saber o ensino da condição humana. Construir a nossa identidade como seres humanos resgatando ao mesmo tempo nossa comunalidade enquanto humanidade, e a nossa diversidade (étnica, cultural, etc.)

Quando nós, gestalt terapeutas falamos em construção da identidade temos sempre presente a importância da confirmação do adulto ao interagir com a criança ao longo do seu processo de desenvolvimento. Procurar compreendê-la de forma integral e se comunicar com ela respeitando as etapas de evolução do seu pensamento implica afinar a sintonia e proporcionar experiências para que ela também desenvolva esta capacidade.

Morin completa que conhecer o ser humano engloba perceber a sua condição cósmica, (sujeita as forças da desorganização e dispersão e a epopéia da religação) física, (frutos de uma auto organização como seres vivos), terrestre (pois são seres que desenvolveram-se “não somente em diversas espécies mas também em ecossistemas em que as predações e devorações constituem a cadeia trófica de dupla face: a da vida e a da morte.” (p. 50)) e humanos (ser biológico, cultural, racional, afetivo, pulsional e social). Afirma que “todo o desenvolvimento verdadeiramente humano significa o desenvolvimento conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à espécie humana”. (p.55)

Ora, diz o ditado chinês que a família ou os pais oferecem a seus filhos a possibilidade de criarem raízes e asas. Assim, garantem pertencimento, inserção e comprometimento com a família e sociedade quando transmitem a história, valores e cultura e a autonomia quando ensinam que seus filhos podem confiar em seu suporte para correr riscos, experimentar o novo e traçar o seu caminho.

 

4 – Ensinar a  identidade terrena.

Somos habitantes da terra e do universo. Morin acentua que o mundo está encolhido e interdependente  e pede a consciência e um sentimento de pertencimento mútuo que nos una à nossa Terra, considerada a Pátria mãe. Para tal, afirma que é importante “aprender a viver, dividir, comunicar e comungar …– o que se faz por meio das culturas singulares.” (p. 76) Continua …”Devemo-nos dedicar não só a dominar mas a condicionar, melhorar, compreender.” (idem)

Para tal propõe desenvolver a consciência antropológica; (que reconhece a unidade na diversidade) a consciência ecológica; a consciência cívica terrena e a consciência espiritual da condição humana. Afirma que podemos formar assim uma “comunidade de destino que compõe um todo no qual Oriente e Ocidente, Norte e Sul se complementam.

 

5 – Enfrentar as incertezas.

Morin atesta que o século XX descobriu a imprevisibilidade e que a história humana continua a ser uma aventura desconhecida. Portanto os determinantes econômicos, sociológicos, etc. encontram-se em relação instável e incerta com acidentes e imprevistos numerosos que fazem bifurcar ou desviar o seu percurso. Assim, afirma que ”É preciso aprender a enfrentar a incerteza, já que vivemos em uma época de mudanças em que os valores são ambivalentes, em que tudo é ligado”. (p. 84)

Salienta três princípios que acredito serem úteis:

  1. a) O circuito risco/precaução – Diz respeito ao que em Gestalt chamamos de entremearmos suporte e risco em nossas ações.
  2. b) O circuito fins/meios – afirma que “como os meios e os fins inter-retro-agem uns sobre os outros, é quase inevitável que meios sórdidos a serviço de fins nobres pervertem estes e terminam por substitui-los.” (p. 88) … Ao contrário, é possível que ações perversas conduzam a resultados felizes, justamente pelas reações que provocam”. (idem) Cabe lembrar aqui dos estudos sobre resiliência que apontam caminhos de superação das adversidades.
  3. c) o circuito ação – contexto: Tanto a teoria de sistemas quanto a Gestalt Terapia quando se referem ao processo grupal advogam que “Toda ação escapa à vontade de seu autor quando entra no jogo das inter-retro-ações do meio em que intervém.” (idem)

Isto significa que uma interferência desacomoda e desestabiliza um sistema e este se reorganizará de forma imprevisível, conforme sua própria auto gestão.

Ora, as crianças convivem desde a tenra idade com uma sucessão de fatos novos. Naturalmente são atraídas pelo novo, e só à medida em que vão experimentando este  novo é que vão catalogando em suas memórias as sensações e as emoções vividas nestas experiências. Chamamos a atenção para os possíveis benefícios de ajudarmos nossas crianças a preservarem o frescor da curiosidade, sobretudo quando esta vem acompanhada por uma sensação de segurança

Assim creio que é preciso trabalharmos um olhar bem aguçado para nós e para o outro; desenvolver auto confiança para lidar com situações diferentes ou indesejáveis, versatilidade para conseguir se contatar com o que é possível e se distanciar do inatingível, e assim por diante.

 

6 – Ensinar a compreensão.

Morin afirma que na compreensão “encontra-se a missão propriamente espiritual da educação: ensinar a compreensão entre as pessoas como condição e garantia da solidariedade intelectual e moral da humanidade” (p. 93)

Para ele a comunicação não garante a compreensão. Distingue a compreensão intelectual ou objetiva da compreensão humana ou intersubjetiva que comporta conhecimento de sujeito a sujeito..

Começa por mencionar o egocentrismo, pois a incompreensão de si é fonte muito importante para a incompreensão do outro. Nesta, “mascaram-se as próprias carências e fraquezas, o que nos torna implacáveis com as carências e fraquezas dos outros.” (p. 97)

Sabemos que mecanismos de defesa como a projeção ou a proflexão levam a incompreensão. É preciso identificá-los e trabalhar o reconhecimento de novas possibilidades de interação.

Também é notório que “o egocentrismo amplia-se com o afrouxamento da disciplina e das obrigações que anteriormente levavam a renúncia aos desejos individuais, quando se opunham à vontade dos pais ou cônjuges.” (p. 97)

Aborda também as questões de preconceitos raciais e sociais como fatores da incompreensão afirmando que a incompreensão produz tanto o embrutecimento quanto este produz a incompreensão.

Chama a atenção para o modo de pensar dominante que muitas vezes é redutor e simplificador que por vezes rotula sem levar em conta a multidimensionalidade da pessoa como um fator de incompreensão.

É bem verdade que muitas vezes me surpreendi quando encontrei muita doçura em crianças que atendi no consultório sendo que vieram encaminhadas pela escola rotuladas como crianças extremamente impulsivas e agressivas. Ao compreendê-las em sua totalidade como seres humanos puderam reconhecer sua sensibilidade, o desejo de sentirem-se acarinhadas e amadas, e assim puderam desenvolver novos recursos para lidarem com situações semelhantes àquelas que anteriormente “as tiravam do sério”. .

Para o autor a ética da compreensão pede que se compreenda desinteressadamente a incompreensão. Pede que “se argumente, que se refute em vez de excomungar e anatematizar” (p. 100)

Sem dúvida o que favorece a compreensão é o que conhecemos como empatia, inclusão, a interiorização da tolerância, o bem pensar, i.é. estabelecer relações de sentido entre figura e fundo; a reflexão antes da ação e a introspecção.

 

7 – Construir a ética do gênero humano

A construção de uma postura ética é o ponto alto da construção da integridade e da educação para uma convivência harmoniosa entre os seres humanos no planeta terra.

Esta construção leva em conta todos os temas aqui abordados e quero salientar que a atitude ética busca a coerência e o sentido entre o que se acredita e o que se faz. Procura conjuminar valores de respeito a dignidade do ser humano, e ao planeta em que vivemos; busca o compromisso com a verdade e coragem para olhá-la e para agir de acordo com os princípios do amor, que a meu ver devem nortear as escolhas do nosso ser e do nosso agir. A postura ética faz emergir a esperança e visa boas perspectivas para um novo amanhã.

Quero terminar desejando a nós todos que fertilizemos nossa jornada de vida com muita generosidade! No dicionário consta que na raiz da palavra generosidade está a palavra gerar, gerar e cuidar para que se plantem muitas sementes que cresçam e se desenvolvam enriquecendo com muitas trocas o trabalho com crianças em Gestalt Terapia.

 

BIBLIOGRAFIA

 

FERNANDES, M. B.; Violência: desafio para pais e educadores. In Revista Viver Psicologia, n. 131, Ano XII, São Paulo, Duetto Editorial, dezembro de 2003.

 

FRIEDMAN, T. L.; O mundo é plano: uma breve história do século XXI. Rio de Janeiro, Objetiva, 2005.

 

MORIN, E.; Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo, Cortez Editora, 2005, 10 ed.

 

ROBINE, J. M.; O self desdobrado: perspectiva de campo em Gestalt Terapia. São Paulo, Summus Editorial, 2006.

 

TARCHER, J. P.; A conspiração aquariana. Rio de Janeiro, Editora Record, 1980.

TILLMAN, D.; Atividades com valores para jovens. São Paulo, Editora Confluência, 2003.

Desde 2001 desenvolvendo o saber em Gestalt-Terapia